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METODOLOGIA

Como construímos o

mundo pelo qual lutamos?

NOSSA VISÃO DE MUNDO:
UM MANIFESTO

Acreditamos que nosso mundo precisa de justiça climática para enfrentar o racismo ambiental e estrutural, o capitalismo, os preconceitos e as violências relacionadas a gênero.

Acreditamos que merecemos ter acesso a alimentos diversos, orgânicos e de qualidade; a plantas medicinais e a produtos de cuidado


Para contribuir na criação dessa realidade, dedicamo-nos a criar espaços coletivos de escuta, acolhimento, debate e reflexão que respeitam as diversidades entre todos os seres – humanos e não-humanos.

Desenvolvemos práticas coletivas de cuidado, que incluem o ecossistema e as comunidades de cada território.  

Pensamos a geração de renda a partir de outros princípios que não o lucro.
Produzimos nossos alimentos e produtos de cuidado em busca de soberania.

Oferecemos jornadas de capacitação que promovem vínculos entre os participantes e entre as comunidades com as quais nos engajamos.

Apoiamos a formação de novas lideranças que guiem nosso processo de regeneração coletiva. 


Fazemos tudo isso inspirados pela Natureza, mãe de todas as tecnologias, e pelo Cerrado, o bioma que nos recebe.

Por isso, somos uma
autogestão horizontal e coletiva, que preza pela diversidade, problematizando e debatendo sobre branquitude, machismo e possíveis caminhos de luta às opressões. 
QUERO CONHECER ESTA HISTÓRIA

ESTRATÉGIAS

Investir no desenvolvimento de lideranças jovens
Utilizar a perspectiva da Agroecologia e da Justiça Climática como foco para guiar um trabalho de cuidado e criação de vínculos
Pensar estratégias de cuidado para as consequências do Proibicionismo, com foco na guerra às drogas

COMO FUNCIONA
NOSSA AUTOGESTÃO

O Coletivo Aroeira se reúne todas as quintas-feiras para realizar capacitações, restaurar áreas degradadas, implantar e manejar SAFs, beneficiar produtos e oferecer intervenções comunitárias e pedagógicas.

Durante esses encontros semanais, proporcionamos espaço para que cada participante faça uma autoavaliação do Coletivo e compartilhe em grupo como o nosso trabalho tem impactado suas vidas pessoais.

Nas discussões em roda, tomamos nossas decisões de de forma coletiva. Para fortalecer a descentralização de nossa organização, nos repartimos em Grupos de Trabalho (GTs) responsáveis por diferentes dimensões, como Comunicação e Captação de Recursos.

Além disso, dedicamos tempo e recursos para desenvolver a liderança de cada participante, estimulando a autonomia individual dentro de nossa trama coletiva. Também criamos oportunidades para que cada membro apresente propostas de melhorias, revisões e novos projetos.

Oferecemos capacitações específicas para cada participante – como aulas particulares de alfabetização e acompanhamento psicológico – e alternamos as responsabilidades por diferentes tarefas em cada encontro, integrando todo o ciclo de atividades do Coletivo.


Por fim, encorajamos o debate sobre a estrutura social de opressão e o cenário de privilégios no qual estamos inseridos para construir uma estrutura o mais horizontal e equitativa possível. Por isso, nossa presidência é ocupada por uma mulher negra em situação de rua.
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PALAVRAS-CHAVE:
UM BREVE GLOSSÁRIO

REDUÇÃO DE DANOS 

A Redução de Danos (RD) é uma ética do cuidado que intenciona minimizar danos associados ao uso de substâncias psicoativas, comportamentos de risco e outras situações prejudiciais à saúde e ao bem-estar das pessoas. Nesta abordagem, os usuários participam ativamente na construção de estratégias para reduzir os danos da sua própria situação. Isso porque a RD acredita que cada pessoa tem liberdade e autonomia para decidir sobre o seu próprio corpo. Entretanto, é sabido que os direitos individuais não são exatamente proporcionais entre as pessoas em razão de suas escolhas, classe, cor ou gênero. No Coletivo Aroeira, nós entendemos que a RD ​é uma estratégia potente para reparação histórica com populações vulnerabilizadas e também para restauração ambiental.

Fonte: Ministério da Saúde (2003) e Cavalcanti (2021) 

FEMINISMO ANTIPROIBICIONISTA

O feminismo antiproibicionista é uma corrente do feminismo que tem como objetivo lutar contra as políticas e práticas proibicionistas, especialmente aquelas relacionadas às drogas. Essa perspectiva entende que as políticas de proibição criminalizam as pessoas que usam drogas, incentivando a violência policial, fortalecendo o tráfico de drogas e reforçando estereótipos de gênero e raça – afetando, principalmente, mulheres e populações vulneráveis. Defendemos, portanto, que o uso de drogas seja encarado como uma questão de saúde pública – com a implementação de políticas públicas que promovam a Redução de Danos e o acesso a tratamentos de saúde adequados –, e não como um problema moral ou criminal.

Fonte: RENFA

AGROECOLOGIA

A Agroecologia é a formalização de um conhecimento muito antigo, que leva em conta os saberes populares e a saúde do solo e dos seres que dele dependem. Esta formalização surgiu da mobilização de diversos técnicos, agricultores e lideranças do campo em favor de uma agricultura que supere os danos causados à biodiversidade e à sociedade, emancipada do uso de insumos químicos, das relações trabalhistas e das tecnologias empregadas até então. Também conhecida como Agricultura Ecológica, a Agroecologia ultrapassa a dimensão ambiental, zelando também por questões sociais, culturais e éticas a partir de uma abordagem holística e sistêmica. Por isso, a Agroecologia pode ser uma aliada potente no cuidado de si, do outro e da natureza, fomentando a Redução de Danos e a saúde, nutrindo vínculos entre pessoas, seres vivos e meio ambiente. 

Fonte: Cavalcanti (2021)

EDUCAÇÃO POPULAR 
 
A Educação Popular é uma abordagem pedagógica e um movimento social interessados em promover a conscientização, a participação e a transformação social por meio da educação. É uma forma de educação que emerge dos contextos populares e das lutas sociais, valorizando o conhecimento e a experiência dos grupos marginalizados e oprimidos. Por isso, a Educação Popular busca romper com modelos educacionais tradicionais e hierárquicos, nos quais o conhecimento é transmitido de forma vertical, e propõe uma abordagem mais horizontal, colaborativa e dialógica. Ela reconhece que as pessoas que vivenciam as realidades sociais mais injustas são protagonistas de suas próprias histórias e têm conhecimentos e saberes que devem ser valorizados e compartilhados.

JUSTIÇA CLIMÁTICA
A justiça climática é um conceito que reconhece que as mudanças climáticas afetam de forma desigual as pessoas e as comunidades ao redor do mundo. Assim, ela aborda as desigualdades sociais e as injustiças decorrentes das mudanças climáticas em busca de garantir que as respostas às mudanças climáticas sejam equitativas, levando em consideração os impactos desproporcionais sobre grupos marginalizados e vulneráveis, assim como a responsabilidade histórica das nações desenvolvidas na emissão de gases de efeito estufa.

RACISMO AMBIENTAL
O racismo ambiental refere-se à desigualdade racial e étnica na distribuição de impactos ambientais negativos, como poluição, contaminação, degradação ambiental e acesso limitado a recursos naturais e serviços ecossistêmicos. Esse fenômeno ocorre quando comunidades marginalizadas racialmente, como minorias étnicas e populações de baixa renda, são desproporcionalmente afetadas pelos riscos ambientais, enquanto grupos mais privilegiados têm acesso a ambientes mais saudáveis e recursos naturais de forma mais equitativa.
GLOSSÁRIO
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